a crise está em mim. a crise sou eu.










Thursday, September 08, 2011

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o Ensaio está a cumprir-se. mais ou menos dormente, mais ou menos convalescente, vai resistindo. alheio a meteorologias e estações, calendários e fins-de-semana, não larga mão da promessa selada nem cede ao despropósito dos acontecimentos alheios. a vida acontece, sim, mas aqui dentro isso não é tão importante, aqui dentro a natureza bucólica do quotidiano não é a mulher mais cobiçada, mesmo permanecendo em desejo; isto aqui é terreno rude, coisa de homens, local de batalhas e escassez de meios, um par só de prioridades traçadas, onde se abandonam alegrias e brincadeiras para assegurar o desígnio, lá está, da lucidez. 
coisa pouco afável, portanto. 

mas o Ensaio para além desta missão, tem esta coisa de prova, de exercício; esta coisa de ensaio que é uma coisa de experiência,  de tentativa e de esboço. o que se opera aqui é ensaiar a vida. provocar o parto de coisas simples, lidar com a fragilidade dos ímpetos e tentá-lo com a imprevisibilidade controlada. não. controlando a imprevisibilidade descontrolada, assim é que é. no fundo tudo isto é complicado porque o que está em jogo é simples. e como é simples, não pode haver chance para falhar. por isso se desenvolveram estes mecanismos estoico-gráficos, é por isso que se evocam figuras de estilo e de escárnio, se desenham disparates e fé. é uma cena de cúmplices, um private catharsis neste elo de lealdade transcendente entre blog e blogger, ou de meio homem para meio homem, como de um membro para outro, sem que se larguem mãos estendidas nem se cedam a veleidades transitórias.

sem ritmo definido a seguir, veremos o que se segue.





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