a crise está em mim. a crise sou eu.










Sunday, June 20, 2010

listen


a crise está em mim. a crise sou eu.


Wednesday, June 16, 2010

hangover


ando a ressacar há seis dias e não foi do álcool que ingeri para te esquecer;

foi do abraço que dei para te recordar.

Tuesday, June 15, 2010

none

quantas veias tem um corpo?

Monday, June 14, 2010

num quarto em vácuo


o meu cérbero esteve irrepreensível esta noite.

Friday, June 11, 2010

future


Vou fundar uma micronação
e impedir a entrada a pessoas com a cor dos teus olhos.

Nessa micronação
vou construir pontes sobre o mar e atirar-me todos os dias.

E à noite,
sobre a praça central,
vai haver um tecto recortado com mil letras sem ordem,

a b c shhh z. a lua p.

acupuntura

Thursday, June 10, 2010

Wednesday, June 09, 2010

pétala


sonhei contigo uma vez mais. e ainda quando sonho com mundos disformes e cidades estranhas, situações impossíveis e noites permanentes, gestos surrealistas e vidas incompletas, tu vens com a realidade toda da tua imperfeição e fazes-me viver sonhos tão perfeitos ou sonhar vidas absolutas.

amo-te aos dias. há anos.

Tuesday, June 08, 2010

Sunday, June 06, 2010

Saturday, June 05, 2010

as horas


o que acho impressionante em Rilke é a coincidência. é o coincidir da ideia basilar de quem somos. de repente descubro alguém, apesar do século passado, que está mais próximo de mim - ou eu dele - do que qualquer outro esteve. eu sei uma verdade, ou pressinto uma verdade, que ele próprio sabe ou pressentiu. chego a sentir que não leio Rilke, releio Rilke. leio uma frase e sei a frase seguinte, conheço as palavras, mas sobretudo a existência para além delas; o conhecimento, a visão, a concepção, a prespectiva, o instinto do seu autor. e ainda que eu não saiba nada, e Rilke não saiba nada, ou ambos saibamos de forma errada alguma coisa, pelo menos eu sei, de uma forma sensorial, eu sei aquilo que não está escrito quando Rilke escreve. e isso é impressionante.

Tuesday, June 01, 2010